OU A POLITICAGEM ACABA E O MOVIMENTO CRESCE OU O MOVIMENTO ACABA E A POLITICAGEM CRESCE
O MPL se configura como um dos movimentos mais importantes desde a AGP, a qual conseguiu chamar a atenção em várias cidades importantes do Brasil e do mundo. Mas o MPL é superior e traz um elemento novo distinto do AGP. Enquanto a AGP era uma luta ideológica contra a política econômica das potestades internacionais, o MPL é uma luta econômica contra a política de potestades locais que vêem o transporte como mais um instrumento de lucro, como vem fazendo com educação, abastecimento, saúde, saneamento, etc.
Mas todo esse pontencial de luta do MPL, principalnmente em São Paulo, precisa urgentemente abandonar a velha tática da manobra parlamentar, se quiser a adesão do proletariado. Estamos em outros tempos. As assembléias populares -- elas estão se fortalecendo em toda América Latina, desde a Argentina até o México -- são a alma e o corpo do poder popular. Um microfone, um megafone, ou uma mera palavra NUNCA deve ser negada a NINGUÉM. Se o poder é popular ele não é de uma mesa, de uma comissão, de um comitê que decide por ele, que fala por ele, que age por ele.
A MANEIRA MAIS RÁPIDA DE DESTRUIR UMA ASSEMBLÉIA OU UM DETERMINADO MOVIMENTO POPULAR É CONSTITUIR MESAS CUJA FINALIDADE OUTRA NÃO É SENÃO A MANOBRA PARLAMENTAR E O CERCEAMENTO DO USO DA PALAVRA. Não estou escrevendo aqui o que recortei e colei de livros, estou relatando coisas que eu tenho visto com meus próprios olhos ao longo de 40 anos de participação ativa em assembléias sindicais, grêmio estudantil, movimento popular e partidos revolucionários.
QUISERAM CERCEAR MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO POR TRES VEZES, mas não conseguiram. NA PRIMEIRA VEZ foi um grupo de porcos e porcas da polícia metropolitana que tentou arrancar uma faixa de minha mão em frente ao Teatro Municipal. A pronta intervenção de quase todos os presentes os fez mudar logo de idéia. NA SEGUNDA VEZ, veio a restrição "você é do movimento?", quando eu apenas queria opinar, e a custo consegui, diante de uma proposta simplista de encerrar ou continuar uma passeata que, até ali, fora vergonhosa e descaradamente negociada com porcos fardados. NA TERCEIRA VEZ novamente tentaram me cercear a palavra, negando o megafone alegando "a assembléia acabou", quando eu apenas queria propor a todos os manifestantes um pacto no sentido de que ao retornar para suas casas se juntassem em grupos e pulassem as catracas.
O primeiro cerceamento foi natural. Afinal o que é que se pode esperar de porcas e porcos fardados? As outras duas tentativas de cerceamento são inaceitáveis. Em um país onde o povo é contínua, deliberada e completamente amordaçado. Onde o povo é estimulado a não sair de sua eterna condição de espectador de novelas, de artistas, de políticos, de especialistas, deve e precisa ser, pelo menos entre nós, povão, estimulado a expressar-se quando, onde e como quizer. Só assim ele se sentirá, pelo menos alí, sujeito e ator de seu destino e não eterno objeto receptador de mensagens.
Não estou aqui emitindo juízo de valor contra os organizadores da manifestação. Nada disso! Longe de mim cometer tal erro. São pessoas honestas, corajosas e valorosas. Gente determinada e profundamente desejosa que a luta se amplie e alcance a vitória. O problema é a maldita manobra parlamentar -- que pode servir para dirigentes sindicais, estudantis, vereadores, deputados -- mas que é totalmente contraproducente, talvez até mesmo destrutiva, no âmbito da ASSEMBLÉIA POPULAR e do PODER POPULAR.
Mas todo esse pontencial de luta do MPL, principalnmente em São Paulo, precisa urgentemente abandonar a velha tática da manobra parlamentar, se quiser a adesão do proletariado. Estamos em outros tempos. As assembléias populares -- elas estão se fortalecendo em toda América Latina, desde a Argentina até o México -- são a alma e o corpo do poder popular. Um microfone, um megafone, ou uma mera palavra NUNCA deve ser negada a NINGUÉM. Se o poder é popular ele não é de uma mesa, de uma comissão, de um comitê que decide por ele, que fala por ele, que age por ele.
A MANEIRA MAIS RÁPIDA DE DESTRUIR UMA ASSEMBLÉIA OU UM DETERMINADO MOVIMENTO POPULAR É CONSTITUIR MESAS CUJA FINALIDADE OUTRA NÃO É SENÃO A MANOBRA PARLAMENTAR E O CERCEAMENTO DO USO DA PALAVRA. Não estou escrevendo aqui o que recortei e colei de livros, estou relatando coisas que eu tenho visto com meus próprios olhos ao longo de 40 anos de participação ativa em assembléias sindicais, grêmio estudantil, movimento popular e partidos revolucionários.
QUISERAM CERCEAR MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO POR TRES VEZES, mas não conseguiram. NA PRIMEIRA VEZ foi um grupo de porcos e porcas da polícia metropolitana que tentou arrancar uma faixa de minha mão em frente ao Teatro Municipal. A pronta intervenção de quase todos os presentes os fez mudar logo de idéia. NA SEGUNDA VEZ, veio a restrição "você é do movimento?", quando eu apenas queria opinar, e a custo consegui, diante de uma proposta simplista de encerrar ou continuar uma passeata que, até ali, fora vergonhosa e descaradamente negociada com porcos fardados. NA TERCEIRA VEZ novamente tentaram me cercear a palavra, negando o megafone alegando "a assembléia acabou", quando eu apenas queria propor a todos os manifestantes um pacto no sentido de que ao retornar para suas casas se juntassem em grupos e pulassem as catracas.
O primeiro cerceamento foi natural. Afinal o que é que se pode esperar de porcas e porcos fardados? As outras duas tentativas de cerceamento são inaceitáveis. Em um país onde o povo é contínua, deliberada e completamente amordaçado. Onde o povo é estimulado a não sair de sua eterna condição de espectador de novelas, de artistas, de políticos, de especialistas, deve e precisa ser, pelo menos entre nós, povão, estimulado a expressar-se quando, onde e como quizer. Só assim ele se sentirá, pelo menos alí, sujeito e ator de seu destino e não eterno objeto receptador de mensagens.
Não estou aqui emitindo juízo de valor contra os organizadores da manifestação. Nada disso! Longe de mim cometer tal erro. São pessoas honestas, corajosas e valorosas. Gente determinada e profundamente desejosa que a luta se amplie e alcance a vitória. O problema é a maldita manobra parlamentar -- que pode servir para dirigentes sindicais, estudantis, vereadores, deputados -- mas que é totalmente contraproducente, talvez até mesmo destrutiva, no âmbito da ASSEMBLÉIA POPULAR e do PODER POPULAR.
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